terça-feira, 26 de outubro de 2010

Oratória e Demagogia

A Oratória é considerada uma das variantes do discurso argumentativo.

Este termo designa a arte de bem falar em público e teve origem em Siracusa, Sicília.
A Oratória pode ser considerada como um conjunto de regras e técnicas que permitem aperfeiçoar a arte de falar em público.
A Demagogia encontra-se ligada à Oratória visto que, esta leva a uma falsa situação.
Este termo tem origem grega e possui como significado indicar algo que não pode ser posto em prática, tendo assim como finalidade a intenção de obter uma recompensa.
Esta expressão encontra-se várias vezes ligada à política.

Sermão de Santo António aos Peixes - Resumo do VI capítulo


Neste capítulo, mais conhecido por peroração, a conclusão tem como finalidade a existência desfecho forte, apto para impressionar o público e levá-lo a pôr em prática os conselhos do pregador.
O Orador tem como objectivo a metanóia, isto é, ele pretende que os homens imitem os peixes guardando assim respeito e obediência a Deus.
O Orador não atinge o fim para que Deus o criou, tem inveja dos peixes e ofende a Deus, em contraste encontram-se os peixes que atingem o fim para que foram criados e não ofendem a Deus.
No final deste capítulo, podemos verificar a existência de um quiasmo, é uma espécie de antítese, que consiste colocação em ordem inversa das palavras glória e graça e tem como objectivo indicar a conversão dos peixes para os homens, como foi referido anteriormente é a metanóia.

Sermão de Santo António aos Peixes - Resumo do V capítulo

Neste capítulo o pregador faz referência a cinco peixes:
- Os Roncadores, que são soberbos e orgulhosos, são sempre facilmente pescados e apesar de serem pequenos têm muita língua, neste peixe como exemplo de homem temos Pedro, Golias, Caifás e Pilatos.
- Os Pegadores, têm como defeito o parasitismo, uma vez que vivem na dependência dos grandes e morrem com eles, os grandes por sua vez morrem porque comeram, os pequenos morrem sem terem comido. Exemplo de homem toda a família da corte de Herodes e Adão e Eva.
- Os Voadores possuem o defeito da presunção e da ambição porque são pescados como peixes e são caçados como aves, temos como exemplo de homem Simão mago.
- O Polvo é um traidor pois utiliza o mimetismo, isto é, a capacidade que certos animais têm de variar a sua coloração e a sua forma, de acordo com o meio em que se encontram, para atacar os peixes desprevenidos.
Neste capítulo o orador refere a lenda de Proteu para apresentar em oposição o mito à realidade, pois Proteu metamorfoseava-se para se defender de quem o perseguia ao contrário do polvo que utilizava esse dom para atacar.

Sermão de Santo António aos Peixes - Resumo do IV capítulo

O pregador confirma a tese que os homens se comem uns aos outros, utilizando um raciocínio implacável, recorrendo para os conhecimentos dos ouvintes e dando o exemplo dos peixes.

Os ouvintes reconheciam a verdade do seu discurso, pois eles sabiam que os peixes se comem uns aos outros, os maiores comem os mais pequenos.
O orador ao longo do discurso, baseia-se na Sagrada Escritura.
Existem várias características que prendem facilmente os ouvintes e criam um forte visualismo na mente dos mesmos, como é o caso da mudança de ritmo no discurso e a utilização da forma verbal “vedes”.

terça-feira, 12 de outubro de 2010

Sermão de Santo António aos Peixes - Resumo do III capítulo


O capítulo III conhecido também por exposição, presta homenagem aos peixes, mas desta vez possui um carácter mais individual.
Padre António Vieira utiliza as quatros espécies de peixes para comprovar a relação entre o homem e o divino.
O Peixe de Tobias possui umas entranhas e um coração que repelem os demónios e representa o poder purificador da palavra de Deus.
A Rémora é um peixe que quando se prende a um navio tem força razoável para o transportar sozinha tem como finalidade expressar o poder da palavra do pregador.
O Torpedo origina descargas eléctricas que acabam fazer oscilar o braço do pecador, este peixe tem como objectivo simbolizar o poder da palavra de Deus.
O Quatro – olhos contém dois pares de olhos, uns para cima e outros para baixo e estes simbolizam o dever dos cristãos em tirar os olhos da vaidade terrena, olhando para o céu sem esquecer o inferno.
Todos estes elogios que o Padre António Vieira tece aos peixes são contradições aos defeitos dos homens, exprimindo assim os seus vícios.

Sermão de Santo António aos Peixes - Resumo do II capítulo

Neste capítulo mais conhecido por Exposição, é o capítulo onde vão ser criticados os homens, temos como exemplo a seguinte frase: “Ao menos têm os peixes duas boas qualidades de ouvintes: ouvem e não falam”
O narrador ramifica este sermão nas seguintes partes, onde o sal conserva o pão e também tem como utilidade preservar da corrupção, louva as virtudes dos peixes e repreender os vícios dos peixes.
Padre António Vieira deixa bem claro que este sermão é uma alegoria referindo-se frequentemente aos homens.
As virtudes que dependem sobretudo de Deus foram as primeiras criaturas criadas por Deus, foram as primeiras criaturas nomeadas pelo homem, são os mais numerosos e os maiores e obediência, quietação, atenção, respeito e devoção com que ouviram a pregação de Santo António.
As virtudes naturais dos peixes não se domam, não se domesticam e escaparam todos do dilúvio pois não possuíam pecado.
 As Virtudes que dependem sobretudo de Deus foram as primeiras criaturas criadas por Deus, foram as primeiras criaturas nomeadas pelo homem, são os mais numerosos e os maiores e obediência, quietação, atenção, respeito e devoção com que ouviram a pregação de Santo António.
Os peixes não foram castigados por Deus no dilúvio, sendo, por isso, exemplo para os homens que pouco ouvem e falam muito, pouco respeito têm pela palavra de Deus.
Evidencia-se que os animais que convivem com os homens foram castigados, estão domados e domesticados, sem liberdade.
Os animais que se domesticam são: cavalo, boi, bugio, leões, tigres, aves, papagaio, rouxinol, açor e aves de rapina.
Os animais que vivem presos são: rouxinol, papagaio, açor, bugio, cão, boi, cavalo, tigres e leões.
Neste capítulo encontram-se alguns recursos de estilo como a antítese entre o Céu e o lnferno que tem como objectivo realçar a divisão do Sermão; a apóstrofe que tem como finalidade aproximar o emissor e receptor; a interrogação retórica como propósito persuadir os ouvintes; e a comparação, "como peixes na água", tem como significado viver instintivamente.
Neste capítulo o pregador pretende repreender os homens que possuem vícios opostos às virtudes dos peixes.

terça-feira, 5 de outubro de 2010

Pero Vaz de Caminha

Pero Vaz de Caminha supõe-se que nasceu no Porto em 1450 e faleceu no dia 15 de Dezembro de 1500, em Calecute na Índia.
Pero Vaz foi criado e passou a maior parte da vida na sua cidade natal.

Era filho de Vasco Fernandes Caminha, que era fidalgo e escrivão, Pero Vaz de Caminha segui as pegadas do progenitor no que diz respeito ao seu ofício, uma vez que foi educado por ele, Vaz de Caminha foi também navegante da frota de Cabral.
Em análise da "Carta do Achamento do Brasil", é-nos possível afirmar que Pero Vaz possuía uma formação cultural muito consistente.
Nos parágrafos abaixo é-nos possível observar alguns dos excertos da "Carta do Achamento do Brasil" :
“Parece-me gente de tal inocência que, se nós entendêssemos a sua fala e eles a nossa, seriam logo cristãos, visto que não têm nem entendem crença alguma, segundo as aparências. E portanto se os degredados que aqui hão de ficar aprenderem bem a sua fala e os entenderem, não duvido que eles, segundo a santa tenção de Vossa Alteza, se farão cristãos e hão de crer na nossa santa fé, à qual praza a Nosso Senhor que os traga, porque certamente esta gente é boa e de bela simplicidade. E imprimir-se-á facilmente neles qualquer cunho que lhe quiserem dar, uma vez que Nosso Senhor lhes deu bons corpos e bons rostos, como a homens bons. E o Ele nos para aqui trazer creio que não foi sem causa. E portanto Vossa Alteza, pois tanto deseja acrescentar a santa fé católica, deve cuidar da salvação deles. E prazerá a Deus que com pouco trabalho seja assim!
Eles não lavram nem criam. Nem há aqui boi ou vaca, cabra, ovelha ou galinha, ou qualquer outro animal que esteja acostumado ao viver do homem. E não comem senão deste inhame, de que aqui há muito, e dessas sementes e frutos que a terra e as árvores de si deitam. E com isto andam tais e tão rijos e tão nédios que o não somos nós tanto, com quanto trigo e legumes comemos.
Nesse dia, enquanto ali andavam, dançaram e bailaram sempre com os nossos, ao som de um tamboril nosso, como se fossem mais amigos nossos do que nós seus. Se lhes a gente acenava, se queriam vir às naus, aprontavam-se logo para isso, de modo tal, que se os convidáramos a todos, todos vieram. Porém não levamos esta noite às naus senão quatro ou cinco; a saber, o Capitão-mor, dois; e Simão de Miranda, um que já trazia por pajem; e Aires Gomes a outro, pajem também. Os que o Capitão trazia, era um deles um dos seus hóspedes que lhe haviam trazido a primeira vez quando aqui chegamos -- o qual veio hoje aqui vestido na sua camisa, e com ele um seu irmão; e foram esta noite mui bem agasalhados tanto de comida como de cama, de colchões e lençóis, para os mais amansar.
E hoje que é sexta-feira, primeiro dia de Maio, pela manhã, saímos em terra com nossa bandeira; e fomos desembarcar acima do rio, contra o sul onde nos pareceu que seria melhor arvorar a cruz, para melhor ser vista. E ali marcou o Capitão o sítio onde haviam de fazer a cova para a fincar. E enquanto a iam abrindo, ele com todos nós outros fomos pela cruz, rio abaixo onde ela estava. E com os religiosos e sacerdotes que cantavam, à frente, fomos trazendo-a dali, a modo de procissão. Eram já aí quantidade deles, uns setenta ou oitenta; e quando nos assim viram chegar, alguns se foram meter debaixo dela, ajudar-nos. Passamos o rio, ao longo da praia; e fomos colocá-la onde havia de ficar, que será obra de dois tiros de besta do rio. Andando-se ali nisto, viriam bem cento cinqüenta, ou mais. Plantada a cruz, com as armas e a divisa de Vossa Alteza, que primeiro lhe haviam pregado, armaram altar ao pé dela. Ali disse missa o padre frei Henrique, a qual foi cantada e oficiada por esses já ditos. Ali estiveram conosco, a ela, perto de cinqüenta ou sessenta deles, assentados todos de joelho assim como nós. E quando se veio ao Evangelho, que nos erguemos todos em pé, com as mãos levantadas, eles se levantaram conosco, e alçaram as mãos, estando assim até se chegar ao fim; e então tornaram-se a assentar, como nós. E quando levantaram a Deus, que nos pusemos de joelhos, eles se puseram assim como nós estávamos, com as mãos levantadas, e em tal maneira sossegados que certifico a Vossa Alteza que nos fez muita devoção.”

Sermão de Santo António aos Peixes - Resumo do I capítulo

Neste capítulo mais conhecido por exórdio ou introdução, é o capitulo onde vai ser exposto o plano a desenvolver e as ideias que o Padre António Vieira vai defender.
Padre António Vieira com o conceito “Vós sois o sal da Terra”, tem como finalidade criticar a humanidade, que está cada vez mais corrupta, ele neste sermão utiliza expressões como “sal” e “terra”. Quando ele sugere que a culpa se encontra no sal refere-se assim aos pregadores, que proferem uma coisa e depois agem de outra forma, ou então ele afirma que a culpa se encontra na terra referindo-se assim, aos ouvintes uma vez que estes não ligam as palavras da verdadeira doutrina.
Como o Padre António Vieira não recebia os resultados desejados da sua pregação decidiu abandonar a sua função de pregar aos homens, que por sua vez até o planearam assassinar, e decidiu ir pregar aos peixes tal como Santo António fizera anteriormente.
No princípio ele vai contemplar e apreciar as virtudes dos peixes, mas em seguida acaba por corrigi-los.

segunda-feira, 4 de outubro de 2010

Discurso aos participantes na Marcha Sobre Washington pelo Emprego e pela Liberdade


No discurso de Martin Luther King, especialmente conhecido por “ Eu tenho um sonho”, King tem como objectivo apelar à humanidade de forma a que esta compreenda que somos todos irmãos, portanto devemos actuar de forma pacífica e agradável para com os outros.
“Tenho um sonho de que um dia esta nação se irá erguer e viver o significado autêntico do seu credo - temos por verdades evidentes que todos os homens foram criados iguais.
Tenho um sonho de que um dia nas vermelhas encostas da Geórgia os filhos dos antigos escravos e os filhos dos antigos donos de escravos conseguirão sentar-se junto à mesa da fraternidade.
 Tenho o sonho de que até o Estado do Mississipi, um Estado asfixiado pelo calor da injustiça, asfixiado pelo calor da opressão, se ira transformar num oásis de liberdade e justiça.                                                                                   
Tenho um sonho de que os meus quatro filhos pequenos irão um dia viver num país em que não serão julgados pela cor da sua pele mas sim pelo conteúdo do seu carácter. Eu hoje tenho um sonho!”
Na minha opinião estes quatro parágrafos são os mais importantes de todo o discurso de Luther King, uma vez que estes expressam a idealidade de um mundo mais equitativo pelo qual M. L. King lutou de forma pacífica, durante toda a sua vida. Martin Luther King, foi considerado o maior líder negro na história dos Estados Unidos da América, pois foi graças a ele que a segregação racial teve um fecho no seu país.

domingo, 3 de outubro de 2010

Martin Luther King




Marthin Luther King nasceu em 15 de janeiro de 1929 em Atlanta.
Foi um importante protestante e activista político norte-americano.
Marthin Luther King dedicou a sua vida à luta em defesa dos direitos sociais para os negros e mulheres, combatendo o preconceito e o racismo.
Ele defendia também a luta pacífica, que era fundamentada no amor ao outro, como forma de construir um mundo melhor, baseado na igualdade de direitos sociais e económicos.
Luther King ficou conhecido pela grandiosa frase do seu discurso mais famoso “Eu tenho um sonho”, em 1964 tornou-se a pessoa mais nova a receber o Prémio Nobel da Paz.

sábado, 2 de outubro de 2010

O Barroco

O barroco é um estilo artístico que nasceu em Itália, mais concretamente em Roma.
Este caracterizava-se pelo movimento, pelo dramatismo e pelo exagero.
O barroco era uma arte grandiosa presente nas igrejas, que encantava os fiéis.
No entanto, este tipo de arte, apenas foi reconhecido no início do século XX.

Figura - "O triunfo da Divina Providência", 1633-1639. Palazzo Barberini, Roma